domingo, 30 de novembro de 2008

Inauguração da 'nossa' escola

Boas pessoal!
Passada esta atarefada semana, consegui um tempinho para actualizar o blog!
Bem, começo por dizer, como a maioria já deve saber, que a Lista Lego e a Lista GPS passaram à segunda volta das eleições para a AE! Vamos lá ver quem leva a melhor...
Quando estava a pesquisar informações para Área Projecto encontrei algo curioso:
"Em Junho de 1962, o Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Arantes e Oliveira, voltou à Figueira da Foz, tendo tido a oportunidade de visitar o velho Liceu, acompanhado do reitor, Doutor João Rigueira, e de se inteirar das suas precárias condições de funcionamento.
Anunciou, então, o Ministro que o projecto do novo Liceu estava concluído e aprovado, pelo que, em breve, a obra seria uma realidade.
O ambicioso Liceu Nacional começou a ser construído nos finais de 1963 e foi inaugurado, oficialmente, em Abril de 1969, embora funcionasse já, desde de Junho de 1968.
Designado por Escola Secundária Nº2 da Figueira da Foz, a partir de 1979, o Liceu passou a chamar-se Escola Secundária Doutor Joaquim de Carvalho, desde 1987."
(in ‘A Figueira da Foz e o desenrolar da História’ – Manuel Joaquim Moreira dos Santos, edição do Ginásio Clube Figueirense, 2004)
Pois bem, foi a criação da nossa escola! Deixo aqui uma foto do dia da sua inauguração, em Abril de 1969.
Joana

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Começou a campanha!...


Booaass!

Hoje é um dia de euforia! Começou a campanha das listas para a Associação de Estudantes! Em 28 alunos que a nossa turma tem, 21 estão nas listas: Lista GPS, Lista S, Lista V e Lista Lego.

Nesta aula os diferentes grupos de trabalho já apresentaram o Ante-Projecto à turma e... devido ao ambiente de campanha que se vive, não nos parece que se faça mais algo a que se possa chamar trabalho...
Contudo, 'postamos' aqui mais uma foto da Figueira antiga!



O Grupo

domingo, 23 de novembro de 2008

Aquele Mar

Esta semana tem sido bastante ocupada, pelo que não deu para "postar" muito... Contudo, não queremos que fiquem sem novidades nossas...
Deixo-vos aqui esta foto de quando nevou na Figueira; um poema de João de Barros.



Joana

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ante-Projecto


Integrado na disciplina de Área de Projecto decidimos abordar a temática do Turismo na Figueira da Foz. Uma vez que nos foi sugerido desenvolver um trabalho relacionado com as nossas escolhas profissionais, conjugámos as diferentes áreas que pretendemos seguir: Cinema (Inês); Jornalismo (Joana); Línguas Modernas (João) e Turismo, Lazer e Património (Diana), aliando-as ao gosto pela nossa cidade. Assim, pretendemos levar a cabo um projecto onde divulguemos a Figueira e as suas potencialidades. Mais ainda, o nosso objectivo é, fundamentalmente, estabelecer uma comparação entre as actuais perspectivas turísticas e as de há 50 anos.
Para realizar este projecto é necessária uma recolha prévia de documentação referente ao passado turístico da cidade, visto que somos jovens e, portanto, não vivemos esse tempo – o tempo áureo da Figueira! Neste contexto iremos obter essa informação investigando na Biblioteca da nossa escola, na Biblioteca/ Arquivo Figueirense, Arquivo Fotográfico, livros sobre estudos figueirenses, jornais da época, panfletos turísticos… e, ainda, testemunhos de veraneantes, residentes e comerciantes nos anos 50.
Posteriormente iremos proceder ao tratamento dessa informação recolhida para melhor conhecer a realidade da época.
Depois, vamos compilar toda a documentação e elaborar uma reportagem cinematográfica/ fotográfica e respectivo guião. Reportagem esta que irá ser acompanhada por uma pequena brochura que a explorará mais detalhadamente.
Neste projecto não achamos necessária uma divisão exaustiva das tarefas, pelo que todas as tarefas irão ser realizadas por todos os elementos do grupo. Deste modo, na tabela abaixo, apresentamos a calendarização das tarefas (cronograma):

1º Período:
- Recolha de informação
- Breve tratamento de informação
- Manutenção do blogue
2º Período:
- Tratamento da informação
- Início da rodagem da reportagem
- Realização da brochura de acompanhamento
- Manutenção do blogue
3º Período:
- Finalização da brochura
- Conclusão da reportagem
- Manutenção do blogue
- Apresentação/divulgação do produto final

Realizadas todas estas actividades, o nosso projecto estará perto do fim. Contudo, só sentiremos que o projecto está realizado quando o virmos exposto em vários hotéis e pontos turísticos locais, com os quais iremos estabelecer contacto.
O Grupo

domingo, 16 de novembro de 2008

O antes e o depois



Olá!
Temos vindo a postar muitas fotos de anos passados, como tal, achei que seria bom postar também uma foto da Figueira actualmente.
Na primeira foto, os edifícios existentes na linha de costa são poucos e de altura reduzida, já na segunda imagem, é possível observar o aumento significativo da construção horizontal e vertical.
Em conclusão, no espaço de 50 anos as características visuais da Figueira da Foz sofreram uma profunda alteração, fruto da mudança/ modernização do Mundo.
Diana

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A inspiração do poeta...

Boas.
Hoje, na aula de português, lemos um poema de Ricardo Reis sobre dar o máximo de nós em todo o que fazemos. E, como é isso que nós tentamos fazer todos os dias, mas ás vezes não conseguimos, deixo aqui o poema para inspirar as nossas almas.
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes,
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Inês

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Nem só de praia vivia a Figueira!

“A Figueira não é apenas uma praia magnífica com condições climatéricas únicas, um areal assombroso de macieza e alvura sem rival, casulo de céu azul com gema de casario primoroso, arruados cómodos, ¡todo um conjunto que a torna a melhor estância de cura marítima que possa idealizar-se!
A Figueira é uma terra de turismo com diversões como raras.
Comecemos pelo seu imponente Casino – o melhor da Península.
Deixemo-nos de modernismos balofos e falsos.
Pode construir-se um prédio em ar de sofisma, com cimentos armados e recortes esdrúxulos.
No fundo – é fancaria!
A imponência do Casino da Figueira é que se não ultrapassa – nem sequer se atinge!
Propositadamente repetimos a palavra imponência.
Podem arranjar-se teatrinhos jeitosos no Parque Mayer – em Lisboa. Não se pode alcançar a imponência do Teatro Nacional.
É o mesmo que se dá com o Casino da Figueira.
Admitem-se facilmente nos casinozinhos das outras praias, o chinelo feminino e a camisola masculina.
¡No Salão Nobre do Casino da Figueira – o trajo de praia – não rima!
Destoa! Digam lá o que disserem. O Casino Peninsular – a-pesar-de tudo – obriga a uma determinada compostura e aprumo.
O Casino Peninsular – faculta aos seus associados e visitantes festas lustrosas e sem conto.
Tôdas as tardes e noites serve música, oferece a miúdos uma piscina bem cuidada, alegra a gente moça e velha com variedades magníficas e como apetecido requinte: - o baile!
O baile do Casino! ¡A espectativa que faz tremer papás e mamãs e arregalar pupila de puro gozo a tôda a menina casadoira!”

(In ‘Aspectos da Figueira da Foz’ – Maurício Pinto e Raimundo Neves, Edição da Comissão Municipal de Turismo, 1945)




Ao longo da pesquisa que temos efectuado sobre o Turismo nos anos 50 na nossa cidade, temo-nos deparado com a informação de que a praia era o chamariz da Figueira da Foz.
Porém, com este excerto que vos deixo, podemos consciencializarmo-nos de que nem só de praia vivia a Figueira; muitos eram os turistas atraídos pelo Casino da Figueira que na altura era o que estava mais na berra.

Joana

segunda-feira, 10 de novembro de 2008



"Visite a praia da Figueira, por ser
a mais ampla
a de areia mais limpa e fina
a mais bonita
a mais central
a mais confortável
a mais higiénica
a mais frequentada e
a praia onde se vive mais barato e com maior número de diversões."

in "Revista internacional"


Esta era a publicidade que se fazia nos anos 50...digam lá que não dá vontade de vir direitinho para cá!

Diana

domingo, 9 de novembro de 2008

Um dia, à beira-mar...

“Um dia, à beira-mar, numa isolada costa,
Onde se ouvia só das vagas o fragor,
De rochas eriçadas, aos temporais exposta,
Erguera uma choupana um velho pescador.


À pobre habitação, nos ermos areais,
Veio juntar-se em breve uma outra companheira;
Ao pé dessa ergue-se outra e outra, e mais e mais;
Fez-se uma povoação às ondas sobranceira.

A aldeia fez-se vila, e foi crescendo ainda,
Tornou-se comercial, cheia de actividade,
Povoada, industrial, e buliçosa e linda,
Até se transformar, por fim, numa cidade.

Por isso é que da costa a mísera choupana,
Que o velho pescador um dia levantou,
Se fez uma cidade alegre, linda, ufana,
E para transformá-la um século bastou!”











(extracto de uma poesia do figueirense Acácio Antunes em ‘A Figueira da Foz e o desenrolar da História’ – Manuel Joaquim Moreira dos Santos, edição do Ginásio Clube Figueirense, 2004)
João

sábado, 8 de novembro de 2008



Hoje deixo-vos uns excertos de uma crónica publicada por Vitorino Nemésio no "Diário de Lisboa" a 7 de Setembro de 1935. A crónica tem como título "A Banhos"

"Vou no meu quarto ano de Figueira. Isto é como um curso: no primeiro ano nem se conhecem os condiscípulos, que são os outros banhistas. No segundo já há relações - não muitas porque as disciplinas são absorventes e variadas: escolher banheiro, mercearia, farmácia para a pomada contra as queimaduras do sol e alguma tintura de iodo, conhecer as manhas da porta da casa alugada ( uma ciência), etc. Até que, no terceiro, saudados logo à chegada pelo banheiro, pelo merceeiro, pelo rapaz do pão que nos dá um inútil bilhete de visita segurando o guiador da bicicleta, estamos quase formados. E eu tenho pena de receber mais este grau académico que me faz crescer de travos como se eu fosse uma aguardente. (...)
O Dr. Oceano é na verdade a pessoa mais importante da Figueira. (...)
No resto, a Figueira é trivial e adorável como um hídrico de praia mundana e cidade de pequenos armadores. O Turismo apregoa a parte confortável, recreativa e fresca do simpático produto, e tem para isso as razões especiais de todo o turismo moderno; boa esplanada, praia de aro imponente, casinos e cafés populosos, um delicioso «ténis» instalado com muito gosto num forte abandonado das bombardas. Eu apego-me mais à Figueira de todo o ano, morta no Bairro Novo, cujo abandono ao vento deve ser de força e de um amargo incomparáveis, para quem gosta de força e de amargo como eu. Cada qual com sua mania.
O mar gorgoleja nos molhes com uma intensidade esverdinhada; os lugres do bacalhau estão amarrados e desertos. O velho Fernandes Tomaz cobre-se de verdete na sua praça, e as lojas do Paço, húmidas de bafio, estiram nos balcões a lã de xadrez que serve para as camisas dos pescadores. (...)"



Inês

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

'Acessibilidades vanguardistas'




“¡ Nada mais fácil neste mundo do que vir à Figueira!
Cremos piamente que nenhuma terra portuguesa é tão simplesmente acessível – desde píncaros de Trás-os-Montes a doçuras do Algarve.
E vamos demonstrá-lo.
A Figueira da Foz – como já se salientou – é testa da linha dos Caminhos de Ferro da Beira Alta – que aqui tem os seus escritórios e Direcção.
Isto faculta-lhe a facilidade de transportes, desde raias de Espanha à beira de água.
Por o ramal de Alfarelos tem ligação com a linha Pôrto - Lisboa e, pela Amieira, com a linha de Oeste.
Quero dizer, do Norte ao Sul do país, de Leste a Oeste – a viagem por caminho de ferro está assegurada sem estorvos.
Servem a Figueira da Foz as Estradas Nacionais de 1ª classe nº 9-43 e 50.
Com a recente construção de uma ponte moderna sôbre o braço sul do Mondego, tornou-se não só muito mais agradável e económica, pois há a poupança de umas dezenas de quilómetros – o que é de considerar com a carestia de combustíveis – a viagem por estrada – Lisboa – Alenquer – Caldas – Leiria – Figueira – e por Mira até ao Pôrto.
Todas estas estradas que põem em comunicação a Figueira com o país – se encontram alcatroadas e em óptimo estado de conservação.
Pode pois visitar-se a Figueira, ou por Coimbra – esplêndido e formoso caminho seguindo o encantador vale do Mondego – pela estrada da Geria, ou Mira, ou ainda pela de Leiria.
Por mar, o pôrto – reservado infelizmente por ora a navios de regular cabotagem. Por via fluvial – pequenos barcos de carga, que descem o curso do Mondego (as barcas serranas). E pelo ar, o Campo de Aviação Humberto da Cruz que, logo que ampliado, constituirá a gare aérea do futuro.
A Figueira tem ainda carreiras de camionetas de Coimbra, por Aveiro, Mira, Cantanhede, Quiaios, Marinha das Ondas e Leiria.
Todas estas carreiras, principalmente a última, estabelecem ligações com o resto do país.
- Não se pode estar melhor servido de comunicações…”

(In ‘Aspectos da Figueira da Foz’ – Maurício Pinto e Raimundo Neves, Edição da Comissão Municipal de Turismo, 1945)


O que para a época era uma vanguarda, nos dias de hoje ‘sabe a pouco’… A Figueira da Foz foi-se desenvolvendo, necessitando de mais e melhores vias de comunicação. Recentemente, com a construção da A-17 e com a nova Ponte dos Arcos, a Figueira ganha essas desejadas acessibilidades…



Joana

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"Quando Agosto era o mês das espanholas"

Hoje postamos a dobrar! Se no último post demonstrávamos o valor da Figueira e a beleza da sua praia "inundada" de pessoas, neste vamos apresentar-vos um pequeno excerto de O Figueirense - 10 de Agosto de 2001 - de "Quando Agosto era o mês das espanholas" por Aníbal Correia de Matos.

"Quando elas vinham era como se tivesse chegado a Primavera. Estava feita a abertura da época oficial de banhos na nossa terra.
Era vê-las animar todas essas ruas com a sua alegria restolha e contagiante, a tornarem-se o pólo magnético de todos os rapazinhos facilmente magnetizáveis.
Aqui, ali e além, no Jardim, no "Picadeiro", no Casino, na Praia, no Ténis Club, velhos conhecimentos se saudavam e reatavam na alegria de um primeiro encontro que enchia de alegria e cor as ruas e os lugares de cada encontro onde a alegria era contagiante, polícroma e bela.
Agosto!Agosto!Agosto!
O mês das espanholas, dos espanhóis, o mês da alegria que se vive sem se saber como, num contentamento e numa vertigem. É como se nos ausentássemos, também, em gozo de férias indo de longada até país estrangeiro. Porque a Figueira, a nossa bem portuguesa terra, transforma-se, num momento, como que por encanto. Polícroma, de cores berrantes, a encantar a vista, mantones e peinetas a dar carácter ao ambiente, tudo a falar de Espanha. Mas sobretudo a alegria, o á-vontade a despretensão de nuestras hermanas a transmitir-nos a sensação de termos passado além-fronteira."


Inês e João

" Digam lá o que disserem"


"Digam lá o que disserem, inventem lá o que inventarem, a Figueira da Foz- rio, praia e serra- refulgindo sempre em tintas novas, é o mais lindo e atraente cartaz turístico de portugal!
É uma cidade sonora e colorida, resplandescente de luz, com um rio palpitante, com que ar salino que vem das lonjuras do mar e com uma serra a desfazer-se em sombras cariciosas.
Escusam-se de se matar, não procurem outro lugar onde o mar ande mais vestido das rendas brancas dos fatos das noivas, onde a luz seja mais cariciosa, onde o tempo nunca chega a envelhecer, como a juventude das fontes...
Quem uma vez vier à Figueira da Foz, volta sempre, depois em romagem de boa vontade!
Ondas e espumas, rimas de velas brancas, sãos os versos que o mar escreve nas areias de oiro, embalando os sentidos em canções murmurantes de água...
A Figueira da Foz- rio, praia e serra- está cheia de lés a lés, de alegria e de luz!
Todo o mar é um tapete de água, riscado de algas e de rendas cintilantes, onde os poentes se esperguiçam, nas lonjuras, sem saudades de partir...
Digam lá o que disserem, inventem lá o que inventarem, a Figueira da Foz- rio, mar e serra!- é- a praia nº 1 de Portugal!"

Ernesto Tomé, em "Revista Internacional", década de 50
Diana e Joana